sábado, 31 de agosto de 2013

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Eis que volto a escrever, e pelo motivo mais especial de todos. Volto a escrever porque, depois de muito tempo, sinto a necessidade de expor uma importância que qualquer pessoa que tenha conversado mais de dez minutos comigo sabe que existe. Porque hoje, desenfreadamente, eu sinto a necessidade de ratificar todo o meu maior amor. Não é a primeira vez que te escrevo, embora não tenha lembrança de ter te mostrado algo que fiz tendo você como destinatário. E isso me leva a tanta coisa... Isso me leva a pensar o quanto por vezes eu posso parecer uma filha ausente ou indiferente, ainda que não seja. Hoje sinto meu coração do tamanho de uma semente e apertado como se a qualquer momento fosse parar, e percebo que a razão disso é justamente o medo que tenho de te magoar. Ainda quando tudo na minha vida parece errado, uma ligação preocupada sua é o suficiente para me lembrar o quanto eu sou amada. O quanto, mesmo dentro da maior das desventuras, eu nunca deveria abrir a boca para reclamar de nada. E reclamo tanto, com tanta frequência... Talvez seja isso o que me leve a querer te mostrar hoje o quanto eu não conseguiria viver num mundo em que você não existisse, e que eu entro nessas minhas crises unicamente porque me tranco no meu universo particular e acabo excluindo todo mundo, mesmo você. Então eu te puxo de volta, tento te reincluir mesmo nesse mundo só meu, mesmo sem dizer palavra alguma e mesmo dizendo que tá tudo bem quando você abre a porta do quarto perguntando se há algo errado. E pode haver, mas se esvai se há você por perto. E eu te queria por perto sempre, todo dia, pra toda a vida. Porque você é minha fortaleza, porque você é a certeza de que eu consigo qualquer coisa, mesmo que eu precise virar o mundo ao avesso pra isso. Você me motiva a tentar e a conseguir, porque eu sei que cada vitória minha é ainda mais sua. Que cada passo que eu dou na minha vida é um passo ainda maior que você dá na sua. E te orgulhar é a coisa que mais me aproxima da plenitude. Cada sorriso seu, independentemente de ter sido eu a proporcionar, tem um valor tão grande pra mim que você nem sabe. Eu me sinto esfacelada se não te vejo bem. Se te machuco. Se faço algo que mereça sua desaprovação. Eu queria que você entendesse o quão grande é a minha gratidão por você me ter feito a mulher que eu sou, porque tudo que eu faço e sou é por você. Ainda que cheia de defeitos sem que você os reconheça. Sabe, até te entendo por isso. Uma vez que eu poderia listar todas as suas piores características e nem a junção delas seria capaz de diminuir a certeza que eu tenho de que você é a pessoa mais incrível que eu conheci e que vou conhecer em toda a minha vida. Eu te amo tanto, pai, tanto. Eu me sinto tão mal por não conseguir ser a filha que eu gostaria de ser, que você merecia que eu fosse. Você merecia que eu fosse perfeita. Mas eu te agradeço tanto, tanto, por todo o apoio, todo o carinho, toda a preocupação... toda a vontade de fazer por mim o impossível, e por toda capacidade de fazer o impossível se for por mim. Eu te peço perdão por cada falha e te agradeço por saber que você me perdoaria ainda que eu não pedisse, porque dentro de todos os clichês, o melhor pai do mundo é o meu. E não há como duvidar disso, se você não fosse, eu não me sentiria tão convicta de que não existe sentimento maior que esse. E não há. Você é a força que me impulsiona a ser alguém e achar um sentido em tudo. Muito obrigada por nunca desistir de mim.

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