sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A sky full of stars

Cheguei a conclusões sólidas, pela milésima segunda vez na vida. Tenho tido a impressão que meu tempo passa cada vez mais depressa, talvez pela quantidade assombrosa e instigante de coisas que tenho para fazer, pensar e planejar. Tenho me perdido na ordem dos verbos, por vezes até mesmo priorizando os errados. Todavia, também tenho me perdoado. Cada vez fica mais difícil discernir o que é o que, além de que não tenho tempo para meditar sobre o conceito de nada. Pela primeira vez, sinto-me como se eu já devesse ter todas as minhas classificações milimetricamente ordenadas de modo a diferenciar até os mais próximos tons e nuances. Encontrei certezas quase incontestáveis e verdades que vão além do inconfessável. Alguns medos também, mas poucos. Deixei a maioria dos medos no caminho, foi minha atitude mais honrável, desapegada e inconsequente. Quando a gente não tem o que temer, o céu é o limite. E o céu sempre foi o limite pra mim, embora sempre tenha sido, também, um medo. Parece que meu céu sempre esteve ensolarado demais para que eu pudesse olhar para cima e ,agora, finalmente enxerguei aquele crepúsculo baunilha que me fascina mais do que qualquer outra coisa. Eu posso ver o céu ainda que feche os meus olhos. Descobri um fascínio em arriscar, espero que passageiro, minha meta de equilíbrio não me permitiria viver sempre assim. Mesmo que eu tenha sido feliz como poucas vezes fui. Mesmo que diante de adversidades que outrora julguei que me derrubariam. Não sou fácil de cair, descobri. Descobri e descubro todo dia um pouco mais. E as mudanças que noutros dias me fariam tremer de insegurança, agora são como estrelas no meu céu. Eu sempre sonhei com constelações lindas. E agora eu torço por mudanças drásticas e formidáveis. Eu sempre almejei a lua e as estrelas mais bonitas, onde eu pudesse admirar - com tranquilidade e sem ofuscar minha visão - cada detalhe do que está acima de mim. Por isso prefiro a noite e por isso gosto de esperar o amanhecer antes de me deitar. Até agora está tudo escuro, mas minhas constelações hão de aparecer e eu não peco por esperar. Não me contento com nada que não me traga a noite mais clara, não me contento apenas com outro céu fechado e coberto por nuvens. E quando as estrelas aparecerem, eu serei a primeira a avistá-las.  

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