terça-feira, 6 de novembro de 2012

More than words

É aí que você chega, do seu jeito: sem chegar. Eu tô lá, parada, de frente ao portão, perto daquela roseira velha, e você tá passando na rua, com um ar descompromissado de quem não me vê ali. Eu continuo parada, atônita, gritando por dentro, implorando que você me note, mas sem me mover um centímetro sequer. Você não nota. Até que eu dou um passo à frente justo na hora que você também dá um passo à frente, no mesmo exato e maldito momento, e passa por mim, eu fico atrás. Eu fico pra trás. Como já havia ficado antes. Como eu insisto em ficar todas as vezes... como você insiste em nunca reparar.

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