terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Temporada das flores

Boa noite, gente! Pois bem, essa é uma das velharias que eu encontrei no computador por acaso e descobri que nunca tinha posto aqui. Acho que pelo fato de na época meu bom senso estar mais apurado e selecionar um pouco mais que tipo de coisa se deve publicar no blog, haha. Mas é que faz um tempo que não escrevo nada e acho justo colocar alguma coisa cômica pra vocês rirem vez ou outra, não é? :)

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Só há três pontos que eu queria expor antes de falar o que tenho para dizer:
Primeiro: Eu não acredito em “mentiras sinceras”;
Segundo: Verdades revogáveis, para mim, se enquadram no conceito de mentiras;
E terceiro: Acredito que “duvidar” é um dos verbos que só os sábios têm o dom de usufruir.
                Só há três observações que eu gostaria de fazer acerca daquela manhã de sábado:
Primeira: Todo ser humano, por mais frio que seja, gosta de olhar nos olhos do outro quando estes estão a conversar sobre algo de interesse (ou desinteresse, se preferir) mútuo;
Segunda: Naquele dia, seus óculos escuros não permitiram que eu olhasse nos seus.
Terceira: Senti-me frustrada por saber que a pequenez da sua consideração por mim era tamanha, que você nem o direito de adentrar no seu olhar me concebeu.
                Só havia três sensações que eu consegui sentir no momento em que você ouviu tudo que eu tinha para dizer:
Primeira: Repulsa, ao ver sua expressão facial forjada diante de tudo que foi posto, um enojamento imensurável do seu teatrinho mal feito e clichê, e de suas lágrimas forçadas a cair;
Segunda: Medo, ao perceber que, depois de tudo, poderia haver num mundo um coração mais fechado e desprovido de sentimentos que o meu;
Terceira: Tristeza, por ver, claramente, que eu acabei criando um monstro.
                Só houveram três sentimentos vindos de você, que eu pude discernir facilmente durante o tempo que passamos juntos:
Egoísmo: Por achar que podia fazer o que bem entender comigo, que depois era só vir, pedir desculpas, beijar-me e agir como se nada tivesse acontecido. Fazer com que eu me sujeitasse a situações tão indignas de mim apenas para te agradar. Acreditar que dizer “obrigado” após eu cair em todas as suas armadilhas, era realmente a melhor forma de agradecer. Não foi, meu caro. Não é, nem nunca será. Nem comigo, nem com ninguém. O sofrimento alheio não deve merecer um agradecimento, nem tampouco apenas um “desculpe-me”. As pessoas esperam atitudes correspondentes, esperam que recebam algum reconhecimento verdadeiro pelo que fazem, esperam que as outras pessoas sejam humanas, assim como elas. Ninguém tem o direito de ferir o outro e agir como se aquilo fosse normal, como se aquilo fosse bonito. Isso se chama egoísmo, individualismo, egocentrismo e tantos outros “ismos” que eu poderia citar nessa conversa... o nome disso não é amor, não é carinho. Foi disso que eu precisei, e foi isso que você me negou;
Covardia: De não ter coragem de assumir seus erros, nem eu os provando e jogando tudo à sua frente. Insistindo numa mentira que nem ao menos você conseguia acreditar e elevando o tom de voz para tentar fazer com que aquilo tivesse algum significado marcante. Não teve.
Arrependimento: Não do que fez, nem do que falou. Mas de ter subestimado a minha capacidade de raciocínio e, por isso, ter se dado mal.
                Diante de tantas três explicações, eu só posso chegar a um consenso final:
Você foi o meu maior e mais desnecessário erro. Um brinquedo que eu usei até cansar, mas que nunca conseguiu atender às minhas expectativas. Um estorvo, uma caixa velha que não tinha nenhuma utilidade para mim, a não ser guardar lembranças de um passado que eu fiz questão de esquecer antes mesmo de você chegar. Eu tentei amar você, você nunca foi digno do meu amor. Eu tentei que você me amasse, você é incapaz de amar alguém. Ou melhor: você não tem competência nem para fingir amar alguém. Foi uma falha do destino (é sempre melhor culpar o destino em casos como esses) nós termos passados um pela vida do outro. Eu nunca seria um troféu que coubesse direitinho na sua estante e você, jamais, conseguiria preencher esse vazio que eu sinto aqui dentro. Não espero que você seja feliz, a única coisa que te desejo é distância e um alguém tão sujo e sem valor quanto você. Só isso.

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