quinta-feira, 28 de abril de 2011

É que nem sempre me faz bem, isso de querer bem

"E não é caso de querer te amar de novo. Nem de querer que você volte a me amar. Mas hoje, depois de tudo e todos, eu queria sentir o que você sente pelo novo alguém. E que o meu novo alguém, que ainda não veio, viesse logo. E me amasse também."

Não, não é só isso. É também uma junção de todos os abraços partidos - desta vez, não os almodovianos - de todos os momentos vividos e por viver, já que há ainda uma necessidade quase doentia de ainda se viver, por mais que seja improvável e por mais que eu não possa, nem pretenda. É também aquela vontade de dar um tapa na minha cara a cada manhã, pra ver se eu consigo acordar e voltar a caminhar - desta vez, não em círculos. De poder acreditar em mim cada vez que eu pensasse que não te amo mais, por mais que eu ame, por mais que eu tenha vontade de te abraçar a cada minuto do dia, por mais que eu queira te matar quase que nessa mesma proporção também. É que por vezes é fácil conviver com tua ausência, sem teu afeto - mas não desta vez. Há no fundo um anseio enorme em gritar que saia da minha vida, que não volte mais. Todavia, maior que isso é certeza que, desta vez, eu não conseguiria viver sem você. Aceito a condição.

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