sexta-feira, 22 de abril de 2011

Meu little

“Pois amizade que é amizade
Íntima, rima com intimidade
Briga, mas querendo o bem
Combina com não ter fim
Aprende, ensina, o valor que o lance tem
Descongela aí, me aquece aqui!”




Eu estava ouvindo agora Zélia Duncan cantar “duas namoradas” e dizer que “uma fala sem parar e a outra nunca desliga”, não consegui lembrar-me de outra pessoa senão você. Dei continuidade ao meu momento de ócio e continuei a fazer a coisa que melhor faço: ficar sem fazer nada. Mas sabe que quando o som continuou, Zélia me lembrou também que “nem tudo que é sucesso se esquece” e BINGO (observe a ambigüidade dessa palavra), precisei escrever pra você. Fiquei lembrando aqui o tempão que faz que a gente não se vê, cara, o que é injustificável posto em pauta que moramos no mesmo continente. E constatei facilmente como e quanto eu te gosto. E também como mesmo eu não te dando paz e te obrigando a passar horas falando comigo ao telefone, você ainda assim faz falta. O ponto de equilíbrio entre eu e a Suzy, o separador oficial das nossas brigas, fora que nós, fiéis, precisamos de um pastor. Principalmente agora, que sabemos que nosso pastor ao voltar da cidade grande para o nosso pacato interior, virá transbordando conhecimentos adquiridos com o máximo de empirismo possível. Comova-se da nossa causa e venha nos ver, cara. Sabe que espaço tem de sobra, não só na casa e no coração, como diria Caio Fernando, e eu deixo a especificidade do “onde mais” para você, sábio pastor, poder idealizar suposições. HAHAHA Falta você, cara! Fico contente em saber que você ainda vai poder escutar “cajú” se eu gritar daqui, porque o laço que nos une ainda não foi separado e eu não vou deixar que seja. Mas vê se não esquece que a terceira idade juvenil está descompleta. Gal, Bethânia, Chico, Caetano e até Elba (eu me rendo!) não perdoariam tamanho crime intelectual: o seu lugar é pertinho da gente, com nossa rede, nosso terraço, nosso Alzheimer e nossas gargalhadas idiotas. Continuo morrendo de saudades a cada frase lida do Saramago e também continuo sendo dançarina, não largue o posto de funcionário. Um dia nosso horário vai combinar.

“No ano dois mil e um, se eu juntar algum, peço uma licença.
E a dançarina, enfim, já me jurou que faz um show pra mim.”




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