sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Pra declarar minha saudade



"Fiz uma cançãoPra declarar minha saudade Do tempo em que a alegria dominou meu coração.Eu era bem felizMas desabou a tempestadeLevando um lindo sonho pelas águas da desilusão."



Interessante que vivemos em busca da felicidade, a pomos sempre em primeiro plano nas nossas vidas, sonhamos todas as noites que, um dia, tudo dará certo e mesmo assim, nem ao menos sabemos definí-la.
Não gosto de viver de incertezas, não gosto de incertezas (embora seja rodeada por elas a cada segundo) e afirmo, sem medo de estar errada, que desisti de ser ''feliz'' e que, sinceramente, tenho duvidado bastanta da existência da felicidade em si. Digo, da pura e plena, entendes? Daquela que quando a gente é criança (muitas vezes até quando se é adulto, rs) julga ter.
Mas isso abre margem pra um questionamento gigantesco, concorda? Como podemos nos afirmar pessoas felizes, se nem ao menos sabemos definir o que seria a felicidade? Otimismo? Não, não creio que seja o caso. Acho que BURRICE define melhor.
(O que é perceptível quando se observa o nível do intelecto de quem assume tal posição, há!)
Queria lapidar melhor esse meu lado, mas acho difícil. Assumo que as vezes minhas palavras soam de uma forma mais forte do que eu queria, mas não posso fazer nada. Essa é a minha opinião, porra! Felicidade pra mim é sinônimo de ilusão, e pronto! Acabou!
Lembro-me que já acreditei na mesma, depositei todas as minhas fichas nela. Vivi momentos que qualquer pessoa chamaria de ''felizes'', mas eu prefiro chamar de ''eufóricos'' (condiz mais com os fatos). Sou a prova viva de que é tudo coisa da nossa cabeça, estado de espírito etc.
Eu tinha tudo para ser consideravelmente feliz, e o que eu sou, afinal? Um verme. Uma adolescente de 17 anos, que acha que porque tem um nível de cultura mais evoluído do que os que a cercam, é alguém. Mas não sou, já reparei isso melhor do que deveria.
Queria declarar minha saudade mesmo, sabe? Morro de saudade do meu tempo de alienação, onde eu achava que era feliz, onde eu achava que era alguém. Jogo a humildade de lado, e assumo: Meu sonho era ser burra. (hahahaha)

Já imaginou como é fácil ser apenas mais uma criatura sem pensamento próprio, sem opinião formada, sem tempo para devaneios e filosofias mal-fundamentadas? É moleza, cara... Era o que eu precisava. Mas eis que cá estou, e diga-se de passagem, minha situação já é irreversível.
Acho o cúmulo da prepotência esse meu jeito, até quando eu quero expor o que realmente penso sobre mim, venho com essas máscaras, essas personagens que há tanto enceno maravilhosamente bem, eu não aguento mais isso, eu não me aguento mais. Eu queria parar, eu tenho que parar.
Não aguento, não mais.


3 comentários:

  1. É. Muito chocolate prá se comemorar os dias dezenoves, vintes, trintas... (Em Pombal, claro.)

    "SÓ PRA CONSTAR":
    Eita que hoje tiraram o dia pra me humilhar... Mas "sacomé", humilhação vinda de gente inteligente E CRIATIVA sempre dói mais. "O mundo é ainda MAIS hostil, MESMO, e SEMPRE há de se piorar o que pior já não pode ficar mais..."
    Me identifiquei tanto com o coitado do blog, vai ver que eu sou clichê, tosco e idEota tomém. Vai ver nada! Prazer, eu sou assim.

    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAH (só pra quebrar a "acidez" do comentário, pra você saber que eu estou BRINCANDO E -não menos importante- para não fazer com que você só queira ser minha amiga por essa noite, rs.)

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  2. Bem vinda a relidade, mesmo que vc a tenha percebido é flagrante como vc a interpretou de forma equivocada e por favor, nunca mais repita que a ignorância é uma benção...
    Sinto que teremos longas conversas intensas... ^_^

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